Vale conclui descaracterização da barragem Campo Grande em Mariana (MG)

A mineradora Vale anunciou a conclusão, em dezembro de 2025, da obra de descaracterização da barragem Campo Grande, localizada na Mina Alegria, em Mariana (MG). A intervenção é considerada um marco no Programa de Descaracterização de Barragens a Montante da empresa, que já atingiu 63% de execução, com foco em segurança de comunidades e meio ambiente.

O que significa a descaracterização da barragem

A barragem Campo Grande era construída pelo método a montante, que utiliza rejeitos como base de alteamento da própria barragem — um modelo que foi proibido no Brasil após tragédias como as ocorridas em Mariana e Brumadinho. O processo de descaracterização consiste em desmontar integralmente esse tipo de estrutura, eliminando o risco de ruptura e transformando o local em um terreno estabilizado.


Detalhes das obras concluídas

Segundo a Vale, os trabalhos envolveram diversas etapas técnicas, incluindo:

  • Retirada do alteamento a montante;

  • Reconfiguração da estrutura original da barragem;

  • Construção de reforços de contenção;

  • Impermeabilização;

  • Adequações no sistema de drenagem da área.

Após a conclusão física da intervenção, toda a documentação técnica será analisada e validada pelos órgãos competentes. A barragem continuará sendo monitorada de forma frequente por, no mínimo, dois anos, conforme exigido pela legislação ambiental e de segurança de barragens.


Avanço no programa de descaracterização de barragens

A Campo Grande é a 19ª barragem a montante a ter a descaracterização concluída pelo Programa da Vale. Ao todo, o plano prevê a eliminação de 30 estruturas desse tipo em território brasileiro, com investimentos da ordem de R$ 12,7 bilhões ao longo do processo de execução

Das 19 já concluídas, 16 estão em Minas Gerais e 3 no Pará. Além disso, outras duas barragens do Complexo Mariana — Doutor e Xingu — seguem em processo de descaracterização.


Contexto de segurança e histórico recente

As obras fazem parte de um programa que surgiu em resposta às preocupações de segurança de barragens de rejeitos no Brasil. Após tragédias como o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015, e a de Brumadinho, em 2019, políticas públicas e empresas ampliaram esforços para reduzir riscos em estruturas perigosas.

Monitoramento contínuo após descaracterização

Mesmo após a conclusão das obras, as barragens descaracterizadas permanecem sob vigilância constante. A Vale informou que todas as barragens a montante no país estão inativas e são monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana, por meio do Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG), além de inspeções regulares de equipes técnicas.

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