
Mandado foi cumprido na manhã deste sábado; prisão preventiva foi decretada por violação da tornozeleira e risco de fuga.
Ordem foi cumprida após meia-noite, em Brasília
Segundo despacho do ministro Alexandre de Moraes, o mandado de prisão preventiva foi cumprido nas primeiras horas da madrugada, após o sistema de monitoramento indicar violação da tornozeleira eletrônica às 00h08. Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto de 2025, também por determinação do STF, mas teve a medida agravada diante de novas condutas consideradas incompatíveis com a decisão judicial.
Relatórios anexados ao processo indicam movimentação irregular registrada pelo equipamento e possível tentativa de evasão.
Motivo da prisão preventiva
A decisão do STF aponta duas razões centrais para o agravamento da medida cautelar:
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Violação da tornozeleira eletrônica, registrada por monitoramento oficial;
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Risco de fuga e obstrução de Justiça, intensificado por uma vigília convocada por apoiadores nas proximidades do local onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.
Para Moraes, havia risco concreto à ordem pública e à efetividade do processo penal, justificando a conversão para prisão preventiva.
Destino: custódia da Polícia Federal
Após o cumprimento do mandado, Bolsonaro foi encaminhado à custódia da Polícia Federal, em Brasília, onde permanecerá à disposição do STF. A defesa havia solicitado que ele continuasse em prisão domiciliar alegando questões de saúde, mas o pedido foi rejeitado.
A PF informou que as visitas estão restritas a advogados e equipe médica autorizada.
Contexto: condenação anterior
Bolsonaro foi condenado, em setembro de 2025, a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes correlatos. A prisão preventiva não inicia o cumprimento imediato da pena, mas reforça o controle judicial sobre sua conduta durante a tramitação dos recursos.








